domingo, 7 de fevereiro de 2010

Crescimento dos evangélicos pode mudar o Brasil, publica Época quinta-feira, maio 28, 2009, 22:39

BRASIL – A edição de aniversário da Revista Época, publicada em 25 de maio, apresenta uma série de matérias com previsões para o Brasil em 2020.O crescimento evangélico é abordado em uma das matérias. Baseado em dados estatísticos do SEPAL (1) , estima-se que 50% da população brasileira poderá ser evangélica. E se a previsão se cumprir, o aumento no número de fiéis ajudará a mudar a “cara” do país. Uma das hipóteses para o crescimento dos evangélicos, segundo a matéria, é a flexibilização e adaptação à sociedade. Para a revista, a influência evangélica em 2020 contribuirá para a diminuição no consumo do álcool, o aumento da escolaridade e a diminuição no número de lares desfeitos, já que a família é prioridade para os evangélicos. No entanto, não se sabe se a violência deve continuar a acontecer.Como isso pode acontecer sem infringir princípios básicos da fé, deve ser uma reflexão para os cristãos. Serviço de Evangelização para a América Latina.
 
O que vai mudar na sociedade brasileira se houver mais evangélicos

EDUCAÇÃO Para ter acesso à Bíblia, a escolaridade será mais valorizada
FAMÍLIA Como a família é prioridade, o número de lares desfeitos poderá diminuir
ÁLCOOL E DROGAS Evangélicos não bebem nem se drogam. O consumo cairá
VIOLÊNCIA É incerto se um Brasil mais evangélico será menos violento
Nos últimos dias uma quantidade considerável de publicações acerca do crescimento dos evangélicos no Brasil vem ganhando espaço na mídia secular.  Nesse foco, a revista Época (edição do dia 25/05/2009), na matéria que tem como título a pergunta “Metade do Brasil será evangélica?”, registra que o crescimento da religião pode dar uma nova cara ao país; isso em razão das estatísticas do Serviço de Evangelização para a América Latina (SEPAL), de que a metade dos brasileiros será evangélica em 2020. Segundo a matéria, a partir do crescimento numérico, outro fenômeno parece se delinear no horizonte: o aumento da influência desses fiéis em todas as esferas da vida brasileira. Os estudiosos consultados pela revista dão como certo que o aumento da população evangélica levará à diminuição no consumo de álcool (todas as denominações protestantes pregam contra ele) e prevêem que a escolaridade aumente, já que crianças protestantes são incentivadas a ler a Bíblia. No que se refere à violência, porém, as mudanças podem não ocorrer. Estamos diante de uma questão que envolve a cosmovisão cristã. Será que uma nação com maioria evangélica seria necessariamente uma nação melhor ou, como diria Colson, uma sociedade boa? Depende. Essa é a resposta. Resposta estranha, é claro, já que, naturalmente, a cosmovisão cristã aponta que a sociedade ideal seria aquela norteada pelos princípios morais dados por Deus. Não foi por acaso essa a tônica de “Cidade de Deus” de Agostinho, e uma das principais idéias defendidas por Francis Schaeffer? Não foram os cristãos chamados para redimir uma cultura? Sim, de fato, e por isso mesmo a resposta é depende.
Depende se esse crescimento dos “evangélicos” será simplesmente numérico ou também qualitativo. Depende se os “evangélicos” resistirão ou não aos apelos do relativismo moral e do pluralismo ideológico da pós-modernidade. Depende se os “evangélicos” manterão a identidade. Depende se os “evangélicosutilizarão a fé somente nos finais de semana ou também em todos os aspectos da sociedade. Depende se os “evangélicos” professarão a fé por questão de convicção ou de conveniência. 
Em outras palavras, o crescimento numérico dos evangélicos provocará mudanças positivas dentro da sociedade somente se realmente for adotado uma postura de vida essencialmente alicerçada nos princípios imutáveis da Bíblia. Como disse Schaeffer: “Enquanto cristãos, não basta só conhecer a cosmovisão correta, a cosmovisão que nos diz a verdade sobre o que existe, mas também agir conscientemente de acordo com aquela visão de modo a influenciar a sociedade o máximo que pudermos em toda as suas áreas e aspectos e por toda a nossa vida, na total extensão dos nossos dons individuais e coletivos”. É por isso que não me ufano ao ler essa notícia. Fico contente, é claro. Mas fico a ponderar sobre esse “fenômeno gospel”, para não cair no erro de confundir o joio com o trigo. O que é necessário para criar-se uma sociedade boa? Charles Colson e Nancy Pearcey respondem: “Um forte sentimento de certo e errado e uma determinação para colocar adequadamente em ordem a vida de alguém. Não por causa do sombrio senso de dever, mas porque isso se ajusta à nossa natureza criada e nos faz felizes e mais realizados. Quando homens e mulheres agem de acordo com a sua verdadeira natureza, sentem uma sensação de harmonia, satisfação e alegria. Isso é felicidade, o fruto da virtude”.


1)Francis Schaeffer (30 de janeiro de 1912 - 15 de maio de 1984) foi um teólogo cristão evangélico americano[1], filósofo e pastor presbiteriano. Tornou-se famoso por seus escritos e pela criação
2) Charles Colson (nascido em Outubro de 1931) lidera um ministério de evangelização internacional nas prisões conhecido como Prison Fellowship, uma organização que auxilia presidiários, ex-presidiários, seus familiares, vítimas e famílias afetadas.
3) Nancy Pearcey, uma das maiores auto¬ridades cristãs atuais em História da Ciência e Apologética. Pearcey tem formação científi¬ca, estudou no L’Abri de Francis Schaeffer (filósofo, teólogo, pre¬letor, escritor e conse¬lheiro reformista), nos Alpes Suíços, e vem se destacando no cenário mundial pelas publica¬ções e palestras PB
. 4) Valmir Milomem -  Congrega na Assembléia de Deus,exerce meu presbitério e coordena a Escola Bíblica dominical. colunista do Jornal Mensageiro da Última Hora e colaborador esporádico de revistas como Defesa da Fé (ICP) e Ensinador Cristão (CPAD).



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